terça-feira, 30 de agosto de 2011

Viajando #1: Padova


Eu a-d-o-r-o viajar. É um dos meus maiores prazeres. Então pensei: por que não por na roda um pouco do que aprendi e conheci nas viagens que fiz?

Resolvi criar um tag “viagem” e vou postar de vez em quando sobre o assunto. Nada que se pareça um guia de viagem. Acho que quero mais é falar sobre as minhas impressões dos lugares que conheci, do povo, da cultura, da gastronomia, enfim, um pouquinho do meu achismo sobre cada lugar.

E vou começar por Padova, Pádua em português. Padova não é campeã de superlativos. Não é a cidade mais rica da Itália, nem a maior, a mais bonita, a que tem mais museus, mais acesso à cultura, a mais visitada, mas pra mim ficou sendo sem dúvida uma das mais queridas. Talvez outros que a conheçam não concordem comigo, mas isso é que é gostoso. Conhecer lugares que são a sua cara e não a cara de todo mundo.

A cidade fica no norte da Itália, mais especificamente na região do Vêneto, a 30 minutos de Veneza e tem cerca de 210 mil habitantes. Cheguei em Padova esgotada depois de 12 horas de avião mais 4 de trem e apesar do cansaço larguei minhas malas no hotel e fui bater perna (muita perna). De cara me apaixonei pela cidade. Fui andando meio sem rumo, fiquei perdida, me achei, me perdi de novo, conheci uma parte histórica da cidade, uma parte moderna e até me ofereceram um emprego (essa foi a melhor!). Só sei que após 3 dias lá, Padova entrou para minha lista das top 5 cities in the world (vamos ver quantas mudanças ainda haverão nesse top 5).

Não sei por que mas eu me senti em casa. Aquelas ruas me tomaram completamente, a arquitetura da cidade, as pessoas, o clima, as bicicletas, não sei o que foi mas me senti acolhida e fiquei morrendo de vontade de me mudar pra lá. Acho que se me oferecessem agora eu ainda topava. Hum, pensando bem a Itália tá uma zona e é melhor guardar a imagem imaculada que eu tive de Padova intacta.

A cidade é muito conhecida pela Basílica de Santo Antônio, onde repousam seus restos mortais, mas não foi ela que me levou até lá. Como queria conhecer Veneza e Verona, achei que era mais negócio ficar hospedada em Padova que era no meio do caminho. No fim acabei gostando mais dela do que das outras duas, mas isso fica pra outro post.

Já que estava lá, é claro, visitei a basílica, rezei e até assisti a missa (de nada resolveu pois continuo solteira). Fui em mais umas 3 igrejas (afinal, quem vai pra Itália tem que ver igreja né!), conheci o Prato della Valle, fiquei sentada na Piazza dei Signori (uma graça, de dia e de noite) vendo os italianos passarem com suas bicicletas velhas de cestinha, indo e voltando do trabalho, do mercado, da faculdade. Senti inveja. Queria eu também ter uma bicicleta velha, colocar meus penduricalhos na cestinha e buzinar para os turistas parados no meio da rua tirando foto. É, não rolou! Mas a falta da magrela não me impediu de dar meus roles: vi o Palazzo della Ragione, o Palazzo del Capitanio, procurei meu sobrenome na fachada da Università - e quase encontrei o do meu avô (tinha 1 letra trocada), entrei  no Monastero di Santa Giustina e me perdi na volta, passei pelo  Giardini dell’Arena  500 vezes, paguei uma de moradora ao dar informação pra turista na rua e bati muita perna pelas ruelas da cidade.

Meus dias lá foram nublados e as fotos (nada profissas) não fazem jus ao lugar. Mas pra quem não conhece dá pra ter uma idéia, e se gostar, Google it!

La Basilica di Sant'Antonio - não é a igreja mais bonita do mundo
mas dizem que seu santo é poderoso!!! 
uma das muitas vias pelas quais eu me perdi
Monastero di Santa Giustina
Università degli studi di Padova
Rua próxima ao Prato della Valle
Tive que recorrer ao google pois de tanto que eu gostei, 
eu não tinha uma foto sequer do Palazzo sem minha carona na frente!

Qualquer coisa que vocês queiram saber sobre a cidade vocês encontrarão muito melhor num guia ou na internet. O que eu queria apenas era me lembrar de lá e contar que às vezes os lugares dos quais a gente mais cria expectativa não são necessariamente o que guardamos com mais carinho na memória.

Baci!

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