sexta-feira, 29 de julho de 2011

Sobrevivência

Depois da minha tentativa frustrada de assistir Midnight in Paris, resolvi procurar na minha lista de “filmes para ver” (sim, eu tenho uma planilha onde anoto os filmes que quero ver e os que vi, com seus respectivos crédito e ratings – rated by me, of course, haha), e resolvi ver “O caminho de volta” (The way back). Ainda bem! Gostei bastante. Com certeza um dos melhores que vi esse ano. Não que isso signifique grande coisa porque só tenho visto mediocridades ultimamente, com raras exceções. Inclusive outro dia vi um debate no programa Saia Justa onde discutia-se a industria cinematográfica nos últimos anos: tudo gira em torno dos efeitos especiais. Computação gráfica, animação, bla bla bla. E os atores? E o roteiro? Onde foram parar as grandes estórias, as grandes performances artísticas? Ta muito difícil de ver cinema hoje em dia viu. Sempre gostei dos filmes considerados “alternativos”. Amo cinema europeu, latino, asiático, do oriente-médio, etc. Sempre amei. Mas também gostava de muita coisa produzida em Hollywood. Mas a cada ano que passa fica mais decepcionante assistir aos filmes norte-americanos. Eles fazem um marketing enorme, um super trailer, mas após ver o filme eu sempre saio com aquela sensação de “é só isso?”. Portanto, a cada ano que passa fica mais difícil mesmo ver cinema, visto que tudo o que não é hollywoodiano é mais difícil de ser encontrado. E isso me entristece profundamente.  

Bom, mas na verdade eu não queria falar da crise do cinema (ou da minha crise com o cinema) e sim desta incrível estória que “The way back” conta. O filme é baseado no livro “The long walk” de Slawomir Rawicz e mostra a fuga de um grupo de prisioneiros de um gulag da Sibéria durante a Segunda Guerra. Eles enfrentam tempestades de neve, de areia, falta de água e comida, falta de abrigo e percorrem a pé uma distância de 6500 quilômetros da Sibéria até a India, cruzando o Himalaia. Enquanto eu via o filme eu só conseguia pensar: será que eu teria forças pra fazer 10% do que eles estão fazendo? Eu sempre me considerei uma fracote quando se diz respeito a passar perrengues. Eu desisto fácil. Toda vez que vejo ou leio sobre uma pessoa sendo torturada eu logo penso: se fosse comigo eu confessava logo qualquer porcaria que fosse só pra eles me deixarem em paz. Eh, pensando bem, acho que no caso do filme eu nem teria ido pro gulag. Teria confessado e que me matassem logo. Tortura não dá. A franguinha aqui não aguenta.

Mas acabei de pensar agora... até que a franguinha aqui tem um pouquinho de coragem sim. Se não eu não estaria deixando minha vida no Brasil pra trás pra começar do zero num país novo. Mas isso fica pra um outro post (porque afinal não acho que esteja fazendo nenhuma loucura não). Hoje eu só queria mesmo refletir a respeito de até onde o ser humano pode ir pela própria sobrevivência.  Ainda estou refletindo... 

Bom, pra quem ficou curioso, vai aqui o trailer do filme:



Bisous!

2 comentários:

  1. Oi Camila!
    Desculpe a demora pra responder seu comentário, não sei se mudei alguma coisa no blog mas ele parou de me avisar e mandar os emails pra resposta.... :(
    Fico feliz que tenha gostado do nosso cantinho! É ótimo ouvir isso!!!
    Valeu pela dica do cine às terças! Aqui em casa adoramos cinema, mas dublagem pra gente é mto chato... rsrsrs... fico mais aliviada em saber que teremos opções né!
    Ah, continua seguindo a gente sim, em breve teremos novidades lá da terrinha gelada!!!
    Bjs

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  2. meu, detestei meia noite em paris.
    pronto, falei.

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